praerigidus

Existente entre a mente que sente e a que é inexistente.

Month: July, 2015

XXVIII

Não me quero perder em momentos supérfluos, não, não posso deixar que o tempo se submeta à minha vontade, porque jamais de lá consegui voltar.

XXVII

Questiono-me sobre o primeiro passo, sim o primeiro, aquele que despoleta uma série de reacções em cadeia e permite criar de forma automática a próxima ideia ou pensamento. Nunca pára e isso é certo como a sua própria existência, apesar de intocável, navega por trilhos, e através destes transforma-se em algo sucessivamente mais complexo, até que por si volta a passar sem da mesma forma se voltar a tocar. A primeira acção, a faísca que nos inicia e o imenso fogo que dela se cria, é nada mais que a eterna repetição.

XXVI

Ás vezes penso que nem tanto devo pensar
Porquanto que o faço, percorro-o por inteiro
Passo-a-passo na ambição de encontrar
O processo que nele foi primeiro.